Infelizmente eu entendo de atoleiro. Entendo de mãos não estendidas. Entendo de amigos da hora que a gente promove a festa e de amigos que quando promovem suas festas esquecem da gente. Entendo de pessoas também que lembram muito da gente quando precisam e esquecem quando não precisam mais ou quando percebem que quem tá precisando é a gente. Mas entendo também que devo fazer e ter feito isso com alguém. E como eu e eu somos feitas da mesma quantidade e qualidade de cromossomos(tô antiga ne? até isso já evoluiu!) eu acabo me perdoando porque não me lembro de ter feito isso de propósito.
Aliás, vivo dizendo aos meus filhos quando eles fazem alguma merda e na sequência dizem "foi sem querer", que eu tenho certeza que foi "sem querer" e que a frase certa deveria ser: "foi sem prestar atenção".
O que falta em todo mundo e muito possivelmente em mim também, é a gente PRESTAR ATENÇÃO no que faz e principalmente no que DEIXA DE FAZER para as pessoas. Nem tanto pelos outros, mas muito mais pela gente mesmo. É "fazer" por puro egoísmo. O que importa é ter a consciência tranquila e não experimentar o amargo sabor do remorso. "Fazer por merecer" dizia minha mãe e tanto faz se for o bem ou o mal...você decide o que quer merecer adiante.
Hoje mesmo eu estou passando por uma situação filha da puta. Dizer que espero que alguma mão venha ao meu socorro sem que eu grite por ele de verdade não espero. Mas também dizer que vou gritar por ele, não vou. Orgulho? Não! É saco cheio. Só tem uma coisa que é certa: estou prestando bastante atenção!
