domingo, 7 de dezembro de 2008

De Novo


Fiquei tanto tempo sem escrever aqui, que hoje ao entrar "por acaso" pensei que a relação que se tem com um blog é como qualquer outra: se você não alimenta, a relação morre!

Então estou de volta, não com a intenção de recuperar o tempo perdido, mas com a função de alimentar uma relação que eu gosto muito e que de mim tudo aceita.

Escrever sobre coisas(porque ainda não defini meus textos...rs) é a maneira mais interessante que eu arrumei de saber exatamente o que eu penso, o que eu sinto e o que eu quero. Quem eu sou neste contexto, acho até que tanto faz.
A única coisa que sei é que sempre posso fazer MUITO MAIS!

Voltei!

domingo, 27 de julho de 2008

Que o Tempo Não Pare!

Essa história de ficar pensando no "meu casamento que deu certo", me tirou um pouco a (ins)piração!

"O tempo não pára" - insistiu alguém e hoje me dou conta de que além dele não parar, ele voa. Resta saber apenas o que a gente vai fazer com este tempo....porque passar xuxu, ele vai de qual-quer jei-to.

Eu acho que o tempo passa rápido porque a gente já viveu tempo suficiente prá poder antever o dia. Que quando não há novidades, grandes surpresas ou transformações, o tempo faz isso mesmo: voa! Que os adolescentes, as crianças, vivem "uma novidade por hora" - incluindo sentimentos nunca experimentados, já que viveram tão pouco e mal sabem o que ainda terão de viver.

São tantas novidades que o futuro vai se criando dia-a-dia e dependendo da idade (sempre beeemmmm menor que a nossa) se cria a cada hora. As mudanças físicas, emocionais, hormonais são uma realidade o tempo todo e portanto, tudo é muito intenso e muito "novo" - os amigos se renovam, amores, possibilidades, o "grau de instrução" se modifica ano a ano, tudo muda o tempo inteiro e a impressão que se tem é que para que tudo aconteça(ao mesmo tempo) é preciso que o dia ande lentamente - e alí no compasso do crescimento, ele anda lento mesmo...não daria "tempo" de tudo acontecer não fosse a "lentidão" das horas.

E pensando nisso, o que eu desejo é que os nossos dias sejam de alguma maneira surpreendentes e que a vida nos brinde de pequenas novidades e transformações...a cada segundo, a cada hora, o tempo todo, a vida inteira!

domingo, 22 de junho de 2008

Meu Casamento que Deu Certo!



Quem é que pode tirar da gente o que ja passou? Ninguém, suponho - talvez o "Alzheimer" trate um dia de fazer a gente esquecer, mas mexer no que foi? Jamais!

Hoje estava ajeitando algumas caixas e encontrei o meu "comprovante de casamento". Coincidência ou não, hoje fez 19 anos que me casei. Fiquei com vontade de ver o álbum. E tá lá. É verdade. Eu casando. Não lembro direito tudo o que sentí mas lembro que sentí frio, pressa e uma enorme saudade da minha mãe. Tá registrado! Não adianta querer tirar de mim ou me "proibir" de escrever. A história é minha e faço dela o que eu quiser.

Minha irmã linda, chorando. Meu pai parecia um militar. Dona Encarnação, a grande amiga de minha mãe - recentemente soube que ela está bem doente. Tem a Cris, o Giba, o Mário ( há quanto tempo não os vejo!) - meu queridíssimo amigo Guilherme, a Stella e as crianças que hoje adultos estão lá de branco e rosa numa linda e comovente encenação.

Revejo o palco, desnudo a cena e vejo pares desfeitos, personagens que não existem mais, realidades modificadas, promessas refeitas. Paro para olhar melhor o Magrão e sinto uma ponta de arrependimento por ter tantas vezes "ficado" com ele escondido. Ele foi feito para se revelar -e neste contexto se fez uma doce lembrança que carrego ainda comigo!

Lágrimas, sorrisos...champagne, bolo, festa.

O véu foi o mesmo usado pela minha irmã anos antes...presente de minha mãe - assim carreguei-a comigo naquele dia, naquela noite e até hoje!

Se o casamento deu certo?

Ahhh...deu sim !! A música tocou conforme eu queria. Os convidados compareceram, dissemos o sim. Abraçamos praticamente todos, dançamos a valsa, cortamos o bolo e brindamos. Não houve atrasos. Que me lembre de "errado", só o carro que pifou!

Porém tudo, absolutamente tudo saiu conforme o planejado...naquela quinta-feira, dia 22 de Junho de 1989.

domingo, 1 de junho de 2008

I Believe...

Resolvi fazer um pacto com minhas crenças.

Peço encarecidamente que todas se posicionem firmemente e que não caiam da mesma maneira que as minhas velhas panelas de bunda arredondada caem sobre as bocas do meu fogão!

Eu não construí mitos, eu os identifiquei apenas! Erro de avaliação? Não. Crença excessiva num doce olhar! Quando eu mais precisei do camarada o que foi que ele fez? Nada!!! Claro, quem não tem nada para dar, nada vai ter que dar. Quanto tempo perdido!

Quem disse que é preciso olhar nos olhos porque eles não mentem?Mentem...como mentem. E nem adianta eu culpar os olhos dele por isso. Não me lembro dele ter olhado profundamente nos meus....UFA!!! e foram 20 e tantos anos...(Ahhhhh...na hora do sexo não conta. Alí somos todos bichos disfarçados de gente!).

São os seu olhos que fazem até você pensar que viu aquilo que nunca existiu!

As vezes sinto que a única coisa que meus olhos desejam é me confortar. Eles querem - meus olhos, que fique bem claro - querem apenas poder fechar e me fazer sonhar.

Caí na besteira de lembrar de uma frase de Jung e não é que ele disse que "quem olha para fora, sonha e quem olha para dentro, desperta." ?!

Está muito tarde pra eu pensar agora. Vou fechar os olhos, vou dormir e quem sabe amanhã quando o celular tocar, eu desperte e encontre algumas de minhas crenças ainda de pé!

terça-feira, 6 de maio de 2008

"Nardonismo" - O Movimento


Tantas vezes na vida quis definir pessoas que "em nome do amor", "em nome de Deus" ou em nome de tudo o que mais divino exista, roubou, dilacerou, feriu, magoou, fez sofrer principalmente os seus, que o máximo que eu conseguia chegar era em uma "certa psicopatia" e mesmo assim isso nunca me convenceu.

Eu nunca gostei de tratar a maldade alheia como doença. Doença tem cura, tem remédio, tem especialista e de certa maneira "libera" o culpado. Afinal ele é um "doente". Sempre achei isso brando demais.

Aquilo que não tem nome me incomoda.

O que motiva estas pessoas não é o amor que elas tenham por alguém ou a crença em Deus. O que as capacita é o "nardonismo", é a "manipulação" do errado sobre o certo, em nome de sentimentos nobres e divinos, "nardonismo" este tão conhecido por todos nós.

No caso da menina Isabella, acredito que esta comoção nacional (fora o "espetáculo" tão bem orquestrado pelos meios de comunicação) se deve ao fato de que todos conhecemos ou fomos vitimizados pelos nardones que existem sim entre todos nós. Conhecemos (as vezes até intimamente) nardones que não são pobres infelizes, nardones que não são vítimas da miséria, não são os "neguinhos excluídos", os analfabetos da periferia, os drogados do pedaço ou os alcoólatras os quais nos acostumamos ver arrasando o mundo, saqueando a vida, destruindo seus pares, enchendo as penitenciárias com seus dentes podres e sua legítima vocação ao crime, seja ele de qual espécie for.

Não, os "nossos" nardones estão bem aqui entre nós, muitas vezes escolhidos à dedo e aprovados num rigoroso processo de seleção.

Não sei se ter a consciência disso tudo é bom ou se dói.

Só sei que dormi achando que era bom e acordei muito dolorida!


sábado, 3 de maio de 2008

Reflexo



João deu lugar à Maria
E Maria agora tem dois espelhos:

Num deles presenciou os cabelos crescerem
No outro, refletiu-lhe o desespero.

Quebre um deles por mim!

quinta-feira, 1 de maio de 2008

43!



 Trago em mim todos os desejos do mundo!


Guardadas memórias imundas

Grudadas memórias profundas

Vida vivida o tempo todo
Minha, somente minha vida

No que eu posso
No que eu gosto
No que eu sei

Livre
Limpa
Soberana

EU!




segunda-feira, 28 de abril de 2008

Eu Por Mim!





Nascí de teimosa...quase sem ter sido chamada. Nasci taurina, isso explica.

Fiz parte do “fundão” do colégio de freiras. Hoje descobrí que todo mundo fez...a vida é incrível!

Nascí pra ter horários de refeição mais tarde que o convencional,  prá olhar a madrugada lá pelas 4 da manhã e não entender pq a maioria dormia!

Nascí pra ouvir música e esquecer da vida embalada pelos rítmos...qualquer um de qualidade, da minha idade, da “minha época”, de qualquer tempo...

Morei fora do meu país um tempo e lá descobrí que eu gosto mesmo é de dançar samba!!!

Busquei os meus amores pelo cheiro, pelos olhos e ouvidos. Encontrei quase todos. Sosseguei meu coração inquieto com um, por anos e anos.

Tive meus filhos e ouvi minha irmã dizer: “ninguém deveria poder passar por esta vida sem ser mãe ao menos uma vez” e eu fui duas...duplamente abençoada pela experiência de poder sentir o maior amor deste mundo. E como sou feliz por isso!!!

Mas...“no meio do caminho havia uma pedra*...” *Pedra:. do Lat. Petra, s. f., corpo duro e compacto que forma as rochas; calhau; rebo; cálculo; concreção calcária que se forma na bexiga, nos rins e nos dentes; granizo; lápide de sepulcro; peça de jogo de tabuleiro* - pulei a pedra e hoje estou bem feliz por isso!!

Hoje ganhei a outra asa e já posso novamente voar.

Deixo a vida me levar, antes q eu teime em carregá-la no colo como sempre fiz.

Já me achei muito nova, muito velha, muito magra, muito brava, muito doce, muito paciente, muito ansiosa, muito fria, muito romântica, muito esperta, muito burra...e descobri que não sou nada além de “um pouco” exagerada!!!!

Todos os dias acordo sem grandes certezas, mas com a enorme esperança de que o meu dia termine muito bem!!!!!

!?






O que eu penso, o que eu sinto e o que eu sei.....hummm....isso, ninguém tira de mim - por mais que a liberdade de expressão seja um direito e não uma concessão!!!


domingo, 27 de abril de 2008

Procura-se Um Marido





Fiquei pensando nisso. A gente quando é descasada “sofre” uma série de assédios que não são bem aqueles que nos enchem de vaidade ou de orgulho.

As mulheres acabam nos julgando as próprias siamesas depois da cirurgia e os homens, que nesta área são um pouco mais criativos(fantasiosos, talvez), têm certeza absoluta que você tem um pro.ble.ma (no meio de suas pernas) e que a “solução” tá bem ali no meio também das pernas, porém das pernas deles, como se casamento fosse garantia de sexo (e sexo bom, diga-se de passagem) e não apenas a presunção dele...rs

Já reparou como faz diferença você conhecer apenas o marido e não a esposa? Geralmente ele é muito bom em tudo: muito bom de conversa, muito bom ouvinte, muito bom de cama, muito bom pai, muito bom provedor, muito de tudo o rapaz. Honesto(como se isso fosse qualidade), trabalhador ( no mínimo isso), muito carinhoso (ó o MUITO aí de novo), muito participativo, muito “comparecedor”(ele não vai falar assim, mas você VAI ter que entender). Afinal tudo nele é superlativo. TU-DO!!!!

Este marido é tu-do o que você queria que seu marido fosse e como seu marido não foi, ele nem seu marido é mais...e sendo hoje marido de outra é bem capaz dele querer te enganar...de novo...rsss...fica esperta!!!!!!!

É verdade. Procura-se Um Marido sim...desde que ele seja “da outra” e que “a outra” seja impreterivelmente uma ilustre desconhecida.



sexta-feira, 11 de abril de 2008

Isabella: Não Quero Saber!




Quer saber de uma coisa? Eu nem tenho medo de parecer “alienada” - aliás, foda-se bem o que eu pareço ser. Eu não tô nem aí para saber quem foi que matou a menina Isabella, mas por via das dúvidas, cabe eu me explicar.

Estas “tragédias televisionadas”, transmitidas como os jogos da copa, em plantões especiais, flashes e holofotes, motivos de enquete, de discussão na feira, no metrô, de pontos de vista, de sei lá mais o quê, acompanhadas como os BBBs e “impostas” como uma novela, normalmente me levam a uma reflexão dolorida sobre o que é de fato ser feita a justiça.

Acho que todos, de certa maneira, nos sentimos “mães” nesta história, pois foi violado o dever sagrado de proteção aos nossos filhos e o direito a vida de uma criança que está supostamente protegida, não só por nós seus pais, mas por uma série de leis que hoje ainda ouvi dizer “escravizarem nosso poder judiciário”. E mais uma vez nos é dada a certeza de quão vulneráveis estão nossos filhos e quão impotentes nos tornamos diante de algo tão definitivo nesta vida: a morte! Não há uma só lei que os proteja disso. Assim como não há uma só lei que consiga tirar da gente a dor por ter um filho morto e que nem mesmo o "Estado" conseguiu proteger.

E seja quem for que nos tenha impedido de proteger nossos filhos, seja quem for que deva ser punido por isso, realmente não me interessa. Isso a gente deixa para o “Sistema Judiciário” de nosso País, para os caras envolvidos, para aqueles que têm de fazer cumprir-se a lei “pós-morte” de nossas crianças.

A mim hoje não importa quem executou, quem foi o covarde da história. Eu, que não sou “escrava da lei”, só espero que ele ou ela (nem quero saber) mofe numa cadeia – porém nem isso posso desejar muito já que na cadeia somente os colchões mofam.

Justiça para mim é saber se Isabella está bem. Justiça é saber que ela está feliz, está brincando, está entendendo tudo e está tranqüila com o que fizeram com ela, se é que alguém aí pode me entender! Isso para mim seria justo, pois é isso, apenas isso que me preocupa, que me dá muita vontade de saber e vontade de “interferir” – continuar “protegendo” nossos filhos das dores, das quedas, dos ferimentos ainda que eles não estejam mais entre nós.

É a justa vontade de continuar a dar a eles o direito sagrado de serem protegidos por seus pais e porque não também pelo Estado.

E é isso. Apenas isso QUE ME IMPORTA!

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Foi Bom Prá Você?




Eu quis aproveitar a frase do quadrinho do post anterior e decidi dar uma pesquisada sobre esta pergunta que ouvi falar a vida inteira que é feita, mas que nunca tinha sido “interrompida” por ela.

É. Nunca “tinha sido” – porque acabo de me lembrar que esta pergunta já foi feita pra mim bem na hora que eu estava fumando meu cigarro e pensando no que é que eu ia dizer lá em casa....rs!!!! Só me lembrei agora, porque óbvio, foi melhor esquecer!

E o que menos consigo pensar nestas horas é no que ficou pra trás....rs...nestes casos impera a famigerada insegurança e me foco no futuro, pois este sim é que costuma me preocupar – será que tendo sido bom ou ruim (que importa agora?) vai ter uma próxima vez?!

É broxante...mas ainda bem que a pergunta é feita só quando “o serviço” termina e você ou já virou os olhinhos(e o cara nem viu!!!) ou fingiu ter tido o orgasmo da sua vida (e o cara nem percebeu!!!). É. Mas cacete, quem foi ali FAZER AMOR não sabe, não percebeu, não sentiu, não viu? Não. Claro que não. O cara foi ali te comer, acooorda!!!

Poxa, estou começando a pensar que esta pergunta não é tão broxante quanto é perigosa e "reveladora". Ele fez só sexo com você e tá doido para saber se a performance dele foi a melhor que você já presenciou, já que o camarada em questão foi incansavelmente treinado para isso e minha nega, o seu futuro acaba de estar gravemente comprometido....com ele, claro! Mas nem se preocupe, isso não vai te traumatizar...eu arrisco te garantir que não...rs

Eu não lembro exatamente o que foi que eu respondi e nem lembro se foi mesmo bom para mim.

Mas tem uma coisa que eu lembro muito bem: Não Houve Uma Próxima Vez.

Putz! Só agora me ocorreu: Será que foi bom pra ele??? hehehe

Virtual Sex




Não tenho e nem quero ter uma visão "didática" sobre o tema. Gosto mesmo é de conversar sobre isso e lembrar de experiências que já tive e daquelas que me contaram.

Eu nunca gostei muito de resultado de pesquisas e estatísticas em geral.

Um amigo meu, inteligentérrimo por sinal (a gente analisa a inteligência dos outros pela nossa....hehe), uma vez me disse que “quando uma coisa tem 1% de chance de acontecer e acontece, ela usou os 100% da possiblidade em acontecer”, aí que passei a não considerar muito as probabilidades e é claro, comecei a reparar mais nelas.

Eu lembro que quando fui pesquisar o comportamento das pessoas em sala de bate-papo(comportamento sexual, é bom deixar bem claro, já que tudo nesta vida começa ou termina em sexo), uma coisa sempre me intrigou. TODOS ou a grande maioria dos homens confessavam (sim, porque há de ser um “pecado” a ser confessado), bem, eles diziam já ter feito ou fazer sexo virtual. Enquanto a grande maioria das mulheres (salvo raríssimas exceções 1 ou 2 num universo virtualmente LOTADO) dizia que nunca tinha feito e mais, NUNCA fariam.

Tive pena. Dos homens e das mulheres.

Deles, porque certamente estavam praticando sexo virtual entre si já que as mulheres “não fazem”....rs... e delas porque mesmo no aspecto virtual da coisa, em pleno século XXI, são vítimas ainda do machismo e de tabus que nem mesmo o mundo globalizado e virtual-imaginário foi capaz de quebrar.

Homens e mulheres “transam virtualmente”, este é um FATO que independe de pesquisa (e disso faço questão de falar depois...hehe), mas ainda esbarram em conceitos de um passado que teima em se fazer presente, ainda que ciberneticamente.

Depois volto com mais "causos" deste sexo que conheço bem.
(notar que eu nunca fui convidada a responder nenhuma pesquisa)....rssssss

E você? Ja foi?

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Quando Eu Te Perder




QUANDO EU TE PERDER


Não olhe nos meus olhos
Não segure a minha mão
Não use aquela blusa
Não faça aquela cara
Mude o tom de sua voz

Não me conte os motivos
Não me acuse e nem me faça cúmplice
Não guarde o amor que te dei
E não me faça chorar

Faça com que eu me desencante
Faça com que eu não te admire mais
Faça com que eu não te ame mais
Faça, por favor, eu não te querer

Vá embora rapidinho
Não me faça nenhum carinho
E não se atreva a se emocionar

Esqueça tudo o que vivemos
e leve contigo minhas lembranças
Me deixe apenas com a esperança
De que você ainda vai voltar!

domingo, 16 de março de 2008

Volta Rapunzel!


Já tive cabelos muito grandes e compridos: era adolescente.

Então os cortei bem curtos: já não era mais!
E de cabelo curtinho desfilei quase 20 anos da minha vida!

Hoje, aos 40 e poucos, volto a querer meus cabelos compridos. E o que fica oculto neste desejo de tornar a ter meus cabelos grandes, compridos? Eu já não sou mais adolescente....e faz tempo!

Os contos de fadas, que nos perseguem desde à infância, chegam a dar uma trégua quando romanticamente acreditamos fazer parte da estória.

O cabelo comprido se vai, mas o desejo de que ele esteja ali, desenhado em tranças para o príncipe subir, continua. A gente não sabe, a gente se esquece.

A gente não quer perder o sapatinho de cristal sem que alguém o encontre. E não quer mais jogar os sonhos fora, assim como também não quer deixar os cabelos inatingivelmente curtos.

sábado, 15 de março de 2008

Transparente e colorido


VITRAL DA IGREJA DO CASTELO DE BLOIS - FRANÇA



Há muitos anos eu lí e nunca mais me esquecí.

Acho que foi o Carlos Heitor Cony que se referiu ao pai assim: "...ele era transparente e colorido como um vitral de Igreja!". E durante todos estes anos procurei alguém que pudesse ser descrito desta maneira.



Mas a vida da gente é tão louca, tão conturbada, tão acelerada que muitas vezes para se enxergar um palmo adiante do nariz é preciso dar um tempo de sí mesmo. Invadir um templo e só então apreciar seus vitrais.



Seguramente hoje posso dizer que encontrei alguém que é transparente e colorido como um vitral de igreja, e dispenso as aspas, pois os fatos são seus próprios argumentos.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Ser puta é...


Se existe uma palavra que tenha definição ampla, antagônica e controversa, para mim é a palavra PUTA.

Palavra democrática, sem-vergonha, sem origem e sem destino definido. Palavra que em algumas frases soa como palavrão e em outras, como um elogio, outras como estado de espírito, outras como sei la eu o quê...ufa!

Se o cara é do mal, ele é um filho da puta, mas se este mesmo cara for do bem, ele rapidinho se transforma num puta cara! Vai entender!

Aliás, vai explicar as diversas aplicações da palavra a um gringo de passagem por aqui! Ele fatalmente irá usar em hora e lugar errados, vai fazer cara de retardado e ainda vai deixar meia-dúzia de pessoas bem putas da vida com ele ou com o filho da puta que não soube ensinar direito!

Se a mulher estiver com raiva, ela está puta da vida, mas se por um acaso ela estiver boazinha, distribuindo beijos, carinhos e...sexo, ela é simplesmente a puta da vez.

Os homens costumam dizer que querem uma dama na sala e uma puta na cama - aí meu Deus, o que será que estas mulheres fazem de tão diferente?! Que eu saiba não beijam na boca (ou será que beijam? - nunca presenciei uma em atividade...rs).

Bom...elas recebem grana pelo sexo, dizem que não é fácil, se sujeitam a sei lá quantas coisas terríveis e nojentas, sofrem que é o diabo e eles ainda querem que suas mulheres sejam uma puta na cama?!

Ai, que confusão!!!

Numa tentativa desenfreada de tentar entender o sentido disto tudo, saí à caça de opiniões másculo-machistas sobre o que então é ser uma puta...na cama!
Não sei ainda se eu queria arrasar na performance ou se simplesmente queria saber "qualé"....e a explicação mais simples porém não menos contundente que ouví, foi de um querido amigo meu:

Ser puta é...não ter preguiça!!!!!! Então...dá-lhe catuaba!

Bom dia VIETNÃ!!!!

''Na guerra do vietnã tinha tinha um radialista que todas as manhãs mandava um super BOOOOMMMMMM DDDIIIIIIAAAAAAAAA VIETNÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃ e ele sempre sorria....Nada o abalava nem tirava o ''ênfase e o sorriso'' deste cidadão.... e nós também todas as manhãs, no meio desta nossa guerra, damos este ''BOM DIA''. (Eu sei que damos... huahauhuah)."
14 fev. 2008 - Adriania Mata

Hoje em dia estou vivendo o meu segundo tornado.

No primeiro eu ainda era criança e logo descobrí a força da natureza e ví que não sou porra nenhuma perto dela. Respeito e medo? Tanto faz. O que me importa é que naquele instante eu era apenas um corpo pequeno e um coração puro.
O engraçado é que hoje, vivendo meu "segundo tornado", noto que a origem dele é a mesma, a força é tão grande quanto aquele que viví, porém meu corpo já não é tão pequeno e meu coração já não é tão puro. Respeito e medo? Simmmmmmmmmm........respeito pela força e o medo agora está em não saber mantê-la e não mais como a primeira vez quando era criança e o medo era o de não conseguir afastá-la.

Na serra do mar

Dê-me a certeza do que não sei e acerte no erro que cometí.

Roube-me a cena que um dia ensaiei e tranque-me junto à platéia.

Mil "e uma" vezes quero te ver, e mil "e uma" vezes vou aplaudir.


Ensine-me o caminho ou o desvie por mim!



Em tempo:

Lembrei de Sherazade, que na tentativa de adiar sua própria morte, todas as noites enchia os ouvidos do Sultão com suas estórias, durante Mil e Uma Noites.

Assim ela encantou o Sultão por Mil Noites, dando a idéia de infinitas noites.....e mais uma!

Que horas são?


Que pressa infernal! E este elevador que não chega. Não fossem os andares que me separam da garagem, já teria descido as escadas.


Ih, esqueci meu relógio. Atrasada e sem relógio, é impossível.


Aonde mesmo que eu o deixei? De volta, abro a porta do meu apartamento e vou em direção ao meu quarto. Só posso tê-lo esquecido por lá.

Abro a gaveta do criado-mudo, a porta do armário, a caixinha de bijuterias...cadê o meu relógio?!


Parada na porta do quarto tento impacientemente lembrar aonde foi que eu larguei meu relógio. Não adianta, sem meu relógio eu não vou!


Entro no banheiro, com a sensação de "última tentativa" e logo percebo que se de fato quero o relógio, esta então será a penúltima delas.


Parada ali, grudada na pia, abro e fecho o armário que fica bem acima dela.


Ah estes armários! Todos quase iguais. O meu ainda simula um destes que se vêem em camarins de teatro.


Num ato viciado, acendo as três lâmpadas fortes que ficam logo acima do espelho e dou de cara comigo mesma. Com os olhos um pouco fechados tento inutilmente perceber uma outra figura, que não seja a minha, refletida naquele espelho.

Ainda assim, afasto-me um pouco, ajeito os cabelos, viro como quem quer ver o próprio perfil e do nada esboço um choro.


Não!!! Eu não quero chorar. Rapidamente apago as luzes do banheiro, saio e volto para o meu quarto. A porta se fecha atrás de mim. Um silencio ensurdecedor é interrompido pela musica que agora canto em pensamento. Você não sabe!


Cantou talvez despretensiosamente aquela musica pra mim. Depois disso, minha noites, meus dias, meu caos foi embalado por ela...tenho certeza, você não sabe!


Troquei os lençóis hoje de manhã. A cama cheira comfort. Lençóis macios, travesseiros jogados displicentes sobre a cama e num impulso, de sandália e tudo, jogo-me ali. Dois pensamentos: a música...o relógio.


Como é duro dar-se conta que o poeta tinha razão: "o momento prá ser bom, só deve ser assim, roubado" - e de mim roubaram o tempo. Eu tenho de sair, tentar ser feliz e em poucas horas voltar para minha realidade. É uma visão cruel da felicidade, a "feliz-realidade" roubada em tempo, em minutos, segundos, poucas horas.


A música ainda toca no meu pensamento, sentida por este coração que só queria ter o seu momento de felicidade.

De sobressalto olho o rádio-relógio que está logo ali, em cima do criado-mudo.


Meu Deus, a hora passou! Perdi você novamente.


Arranco a sandália, apago a luz do abajur. Absorta em pensamentos fragmentados do que já tive de você um dia, lembro-me que a bateria de meu relógio acabou e que ele neste momento(desperdiçado) está jogado em minha bolsa esperando uma bateria nova.


E foi na busca da hora, na tentativa cruel de controlar o tempo, que eu desperdicei o momento onde eu poderia tê-lo eternizado em mim.


Amanhã. Amanhã, quem sabe, eu não me preocupe mais com a hora?!


Amanhã talvez eu tenha todo o tempo pra ser feliz.

7!


7!


Assim foi a última mensagem da Denize no meu celular.


Isso significa que o Vicente (este cachorrinho aí de casa) é pai de 7 filhotes.

Fico pensando no trabalho que a Denize vai ter com a Tuka...mas também só penso porque efetivamente não vou fazer nada!!!!!!!


O Vicente é a minha remissão com o mundo animal! E não é que eu gosto dele mesmo??!! Sou até capaz de ensaiar a frase "êpa, já sou avó!!!"....hehehe


Até bem pouco tempo eu não gostava muito de cachorro dentro de casa. Trauma de infância. Trauma causado pelo meu irmão que trazia cachorros prá dentro de casa e era capaz de transformar um bichinho numa fera! E olha que naquela época não existiam os temidos pit-bulls.


Mas o Vicente....bem.....o Vicente veio prá gente num momento muito especial de nossas vidas (minha e de "meus bebês") e naquele momento, ele era a unica coisa(não que hoje eu continue pensamento que cachorro é "uma coisa"), mas enfim, era a única coisa que realmente nos pertencia. E quer saber? Ele é LINDOOOOOOOOOOOOOOOO......e nos faz bastante FELIZ!


Agora é ver o que fazer com os 7 cachorrinhos.


quinta-feira, 13 de março de 2008

Em branco


E como todo começo está "em branco" - hoje começo um novo capítulo.

Apenas contando saudades!!!!