sexta-feira, 11 de abril de 2008

Isabella: Não Quero Saber!




Quer saber de uma coisa? Eu nem tenho medo de parecer “alienada” - aliás, foda-se bem o que eu pareço ser. Eu não tô nem aí para saber quem foi que matou a menina Isabella, mas por via das dúvidas, cabe eu me explicar.

Estas “tragédias televisionadas”, transmitidas como os jogos da copa, em plantões especiais, flashes e holofotes, motivos de enquete, de discussão na feira, no metrô, de pontos de vista, de sei lá mais o quê, acompanhadas como os BBBs e “impostas” como uma novela, normalmente me levam a uma reflexão dolorida sobre o que é de fato ser feita a justiça.

Acho que todos, de certa maneira, nos sentimos “mães” nesta história, pois foi violado o dever sagrado de proteção aos nossos filhos e o direito a vida de uma criança que está supostamente protegida, não só por nós seus pais, mas por uma série de leis que hoje ainda ouvi dizer “escravizarem nosso poder judiciário”. E mais uma vez nos é dada a certeza de quão vulneráveis estão nossos filhos e quão impotentes nos tornamos diante de algo tão definitivo nesta vida: a morte! Não há uma só lei que os proteja disso. Assim como não há uma só lei que consiga tirar da gente a dor por ter um filho morto e que nem mesmo o "Estado" conseguiu proteger.

E seja quem for que nos tenha impedido de proteger nossos filhos, seja quem for que deva ser punido por isso, realmente não me interessa. Isso a gente deixa para o “Sistema Judiciário” de nosso País, para os caras envolvidos, para aqueles que têm de fazer cumprir-se a lei “pós-morte” de nossas crianças.

A mim hoje não importa quem executou, quem foi o covarde da história. Eu, que não sou “escrava da lei”, só espero que ele ou ela (nem quero saber) mofe numa cadeia – porém nem isso posso desejar muito já que na cadeia somente os colchões mofam.

Justiça para mim é saber se Isabella está bem. Justiça é saber que ela está feliz, está brincando, está entendendo tudo e está tranqüila com o que fizeram com ela, se é que alguém aí pode me entender! Isso para mim seria justo, pois é isso, apenas isso que me preocupa, que me dá muita vontade de saber e vontade de “interferir” – continuar “protegendo” nossos filhos das dores, das quedas, dos ferimentos ainda que eles não estejam mais entre nós.

É a justa vontade de continuar a dar a eles o direito sagrado de serem protegidos por seus pais e porque não também pelo Estado.

E é isso. Apenas isso QUE ME IMPORTA!

3 comentários:

Lesma de sofá disse...

E aí chega a hora que a gente tem que soltar nossos filhos neste mundo, como está.
Não dá pra evitar a paranóia.
Credo, que meeeeedo!
beijão

Toffee Doll disse...

É vero amiga!
Eu não tenho filhos, e é por essas que sinto medo de um dia ter, penso no que essa mãe está passando agora, na crueldade da mídia que faz disso audiência, fazendo pressão dizendo que o pai e madrsta estão abalados e isso e aquilo, mas não vi ninguem ir la da apoio á família da mãe...só expecular informações de uma maneira fria...Simplesmente rídiculo...Depois envolvem um pobre coitado de um trabalhador no meio da história, e muitas vezes penso...Será que um assassino teria a idéia de jogar um corpo espancado pela janela???? Mas deixemos pra a justiça e quem quer que tenha cometido este ato abominável pagará, se não aqui , será lá.
Deixo aqui minha abominação aos veículos de mídia, utilizando da desgraça alheia.
E quanto aos filhos, nunca deixemos de desacreditar no mundo que são colocados, apesar de tanta coisa ruim há muito espaço para criá-los e deixar que criem asas e voem longe...mas sempre perto ao mesmo tempo, o mundo é cheio de " Isabellas", mas também é cheio de amor, e criar filhos com está virtude que só as mães podem ter...Pura e genuína. Não Criá-los sim, mas não dentro de uma redoma, apesar de serem orquídeas raras de um só exemplar, se é que você me entende.
Amo-te.
mil beijos.

Toffee Doll disse...

É vero amiga!
Eu não tenho filhos, e é por essas que sinto medo de um dia ter, penso no que essa mãe está passando agora, na crueldade da mídia que faz disso audiência, fazendo pressão dizendo que o pai e madrsta estão abalados e isso e aquilo, mas não vi ninguem ir la da apoio á família da mãe...só expecular informações de uma maneira fria...Simplesmente rídiculo...Depois envolvem um pobre coitado de um trabalhador no meio da história, e muitas vezes penso...Será que um assassino teria a idéia de jogar um corpo espancado pela janela???? Mas deixemos pra a justiça e quem quer que tenha cometido este ato abominável pagará, se não aqui , será lá.
Deixo aqui minha abominação aos veículos de mídia, utilizando da desgraça alheia.
E quanto aos filhos, nunca deixemos de desacreditar no mundo que são colocados, apesar de tanta coisa ruim há muito espaço para criá-los e deixar que criem asas e voem longe...mas sempre perto ao mesmo tempo, o mundo é cheio de " Isabellas", mas também é cheio de amor, e criar filhos com está virtude que só as mães podem ter...Pura e genuína. Não Criá-los sim, mas não dentro de uma redoma, apesar de serem orquídeas raras de um só exemplar, se é que você me entende.
Amo-te.
mil beijos.